O estalo inicial de sim,sim,sim acontece quando encontramos a Dona Cila, estrela que viveria esta coleção, numa festa em traje passeio completo. Ela, então com 86 anos de idade, com os cabelos brancos pra cima em tom de ornamento como mármore polido em lustro. Desde então começamos a conversar sobre a entrega da mulher no casamento e a espelhar em sua imagem nossas mães e avós e as mulheres que temos por perto. sim,sim,sim começa com uma performance em 2010, no cruzamento entre a Av. Visconde de Guarapuava e Alferes Poli com o Alexandre trajando um vestido de noiva por 12 horas, suscetível a intempéries e ânimos de toda sorte. A ação foi registrada por 13 artistas, cada um à sua maneira. Os registros se deram em mosaico, em desenho, em pintura, fotografia, filmagem, texto escrito, voz gravada. A performance foi o início do processo criativo dessa coleção que tem a Dona Cila como modelo e um poema que o Alexandre escreveu para a Thifany sobre o início do relacionamento dos dois. A partir da vivência da ação, se puseram à elaboração do figurino dessa personagem, a ilustração de cada giro em torno de si mesma, ela centro da rotação, o seu giro, gira. No vídeo arte, dialogam entre si em uníssono

três mulheres, três variações de tom. O texto/poema foi musicado por César Munhoz na voz de Jô Marçal. sim,sim,sim foi incluída em Poesia Desilusória (apresentada em julho de 2019), no 1º Festival Ornitorrinco e em SÍLABAS (ainda em exposição)  na Galeria Interartividade até o dia 06 de outubro // no Conversarte - cada mostra num formato específico.

O vestido exposto na Bienal de Curitiba em 2019 - na OAB-PR - é costurado com retalhos de tule de vestidos de noiva + as bolinhas cor-de-rosa [estas bolinhas são resíduo industrial de acessórios infantis]. O poema é bordado à mão. Todo o trabalho se amarra em torno da família e da idéia de relações familiares e relações sistêmicas.